sexta-feira, 14 de outubro de 2011

16 DE OUTUBRO – DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO COMER BEM PARA VIVER MELHOR

Nos últimos anos, o prazer de comer passou a ser associado à culpa. Não precisa ser assim. Novos estudos mostram as virtudes de dietas simples e saborosas que fazem bem à saúde e ao planeta.
Os Gregos antigos tinham razão. Hipócrates, o Pai da Medicina, notou 400 anos antes de Cristo que a escolha dos alimentos certos para o ser humano era o resultado da sabedoria acumulada ao longo das gerações. Dois milênios e meio depois, o ser humano entende cada vez melhor que a boa alimentação é um excelente método de medicina preventiva. Graças ao avanço da ciência da nutrição, descobrimos as substâncias benéficas e maléficas nos alimentos. Entendemos melhor do que nunca o que se deve comer para viver mais e melhor.
E as pesquisas recentes levam a uma conclusão surpreendente, que faria Hipócrates sorrir: nas dietas tradicionais, criadas séculos atrás por diferentes povos em todos os cantos do planeta, estão muitos dos alimentos indispensáveis para uma dieta saudável. Uma dieta que pode e deve ser seguida sem a culpa que lhe foi dada nos últimos anos por uma série de estudos que parecem nos proibir de tudo o que é saboroso.
Os estudos não devem ser ignorados, eles alertam, por exemplo, para os danos a saúde provocada por muitas substâncias adicionadas aos alimentos industrializados, mas estes não devem ser vistos isoladamente como uma forma de repressão alimentar, ou seja, não podemos simplesmente dizer que não comam esses alimentos, mas devemos oportunizar o conhecimento de outras fontes alimentares saudáveis.
Entre as dietas capazes de conciliar saúde e prazer, a mais conhecida é a mediterrânea. Estudos relacionam os alimentos consumidos tradicionalmente em países como a Grécia, Espanha e Itália à redução de doenças crônicas. Nesta dieta destacam-se a ingestão de azeite de oliva, castanhas e o consumo moderado do vinho.
Outro estudo realizado na Itália, no período entre 1966 e 2008 concluiu que a dieta mediterrânea está associada a uma redução de 9% na mortalidade geral e na mortalidade por doenças do coração, uma diminuição de 6% na incidência de câncer  e de 13% na incidência da doença de Parkinson e Alzheimer.
A dieta mediterrânea, porém, não é a única capaz de garantir uma alimentação saudável sem culpa. Os estudos mais recentes demonstram os benefícios de costumes de japoneses, indianos e brasileiros à mesa. Qualidades importantes destas dietas são a abundância e a variedade de legumes e verduras e a ausência de alimentos industrializados. O mais importante da dieta brasileira é que ela nos ensina a respeitar uma proporção adequada dos alimentos no prato e incentiva o consumo de frutas.
As tradições a mesa deram lugar a uma alimentação globalizada não necessariamente ideal. A predominância cada vez maior da dieta americana é perigosa. Nesse tipo de dieta, 65% das calorias ingeridas vêm de três fontes: açúcar refinado, farinha refinada e óleos. Além de não fornecerem nutrientes e vitaminas vitais, esses ingredientes levam à obesidade, considerada pela Organização Mundial da Saúde uma das ameaças mais graves a saúde, pois a obesidade é o ponto comum de doenças como diabetes, câncer, doenças do coração e Alzhemeir. Mudar hábitos alimentares não só reduziria os custos com o tratamento de doenças, mas melhoraria também a qualidade de vida das pessoas.
MELISSA LENZ FROEHLICH
Nutricionista do CAPA – Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor
Especialista em Nutriçao Clínica: Fundamentos Metabólicos e Nutricionais.

DE EMPRESA FAMILIAR PARA A AGRICULTURA FAMILIAR

     No dia 29/09/2011 o grupo Agricultores Ecológicos O Eco da Vida de Venâncio Aires, recebeu o Batedor de Melado e Açúcar Mascavo. O equipamento foi adquirido através de um financiamento do Fundo de Apoio Comunitário – FAC do Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor – CAPA de Santa Cruz do Sul. O Batedor foi fabricado pela funilaria de Orlando Emilio Konrath de Vale do Sol, este batedor é o segundo fabricado por Orlando, incentivado pelo CAPA. A partir da sua experiência com fabricação de batedores menores para melado, foi desafiado pelo CAPA a produzir um equipamento com maior capacidade e eficiência, também para açúcar mascavo. Movido pelo seu espírito criativo Orlando prontamente aceitou o desafio. A opção pela compra do equipamento fabricado por Konrath se deve ao fato de ser uma empresa familiar que fabrica equipamentos para a agricultura familiar, além da facilidade da assistência técnica, bom preço e ao bom funcionamento do mesmo.  Segundo Clécio Luiz Weber, integrante do grupo, “o equipamento vai auxiliar o grupo na fabricação de açúcar mascavo e melado diminuindo o tempo de produção e facilitando o processo de produção”.
Estimular e fortalecer a pequenas indústrias locais e promover a sua aproximação com os agricultores faz parte da política de atuação do CAPA.
O grupo O Eco da Vida é formado por 5 famílias de agricultores de  Vila Santa Emilia, Linha Duvidosa e Linha Santana e trabalha com a produção ecológica desde o ano de 2002, recebe assessoria do Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor – CAPA e está associado a Cooperativa Regional de Agricultores Familiares Ecologistas Ltda. – ECOVALE de Santa Cruz do Sul.  A comercialização da produção de hortifrutigranjeiros é realizada em 2 pontos de feira ecológica semanais, em Venâncio Aires. Na quarta feira pela manhã, em frente a comunidade Santa Rita  e ao sábado pela manhã em frente a Comunidade Santa Rita e em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos.
 Konrath entregando o batedor ao grupo O Eco da Vida.

Augusto Weber

Técnico Agrícola - Capa Núcleo Santa Cruz do Sul
51 3715 2750

sábado, 3 de setembro de 2011

A ARTE DE CULTIVAR A TERRA


Olá amigos leitores, me apresento mais uma vez, aqui neste espaço, para apresentar um pequeno artigo referente a temas ligados à agricultura.
No final do mês passado foram comemoradas duas datas muito significativa para a região e os agricultores. Dias 25 e 28 de julho, Dia do Colono e Dia do Agricultor.
O Dia do Colono tem um significado muito importante aos descendentes de alemães que vivem no Brasil. Esta data relembra a chegada dos primeiros imigrantes alemães que chegam a São Leopoldo com o objetivo de “colonizar”, ocupar as terras da região. Daí o termo Colono.
Já as comemorações do Dia do Agricultor tiveram inicio a partir de 1960. Data instituída pelo, então, presidente da republica Juscelino Kubitschek que leva em consideração os seguintes aspectos para a data: primeiro centenário do Ministério da Agricultura do Brasil; homenagem aos agricultores pela sua contribuição a prosperidade do país e; ser de justiça reverenciar aqueles que se dedicam ao cultivo da terra.
A agricultura, arte de cultivar o campo, cuidar das plantas para produzir alimentos é o dia a dia do agricultor. Aquele que cuida da lavoura, das plantas. Trabalho nobre este de produzir o sustento da família e prover alimentos para muitas outras pessoas mais que residem nos centros urbanos.
O alimento é uma das necessidades básicas das pessoas, sendo assim o cuidado na produção deve ser especial. São cuidados para não danificar o alimento no seu manuseio, cuidado para não ocorrer contaminações por fungos e bactérias, mas principalmente com agrotóxicos.
O alto índice de contaminação de alimentos com agrotóxicos tem sido motivo de preocupação de órgãos ligados a saúde pública. Estudos têm indicado que muitos alimentos estão com os níveis residuais de agrotóxicos muito acima do permitido para a cultura e, em muitos casos a presença de resíduos de substancias não permitida para a cultura.
Com estes elementos quero chamar a atenção para a importância de ser agricultor, da arte de cuidar e cultivar o campo para a produção de alimentos, com seus conhecimentos e o que está acontecendo cada vez mais onde o agricultor tem se tornado um produtor de produtos sem se preocupar com quem vai consumir este produto na outra ponta.
Assim quero resgatar a importância de produzir alimentos de qualidade, livre de agrotóxicos, respeitando o meio ambiente e com manejo sustentável. Resgatar o significado do termo e parabenizar a todos os agricultores que se dedicam a esta importante missão que é produzir alimentos.
Lauderson Holz
CAPA Santa Cruz – Exten

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ORGÂNICOS PARA UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL


SANTA CRUZ > Seminário abordou as principais vantagens do cultivo e consumo dos alimentos sem veneno


O agricultor ecologista Clécio Luiz Weber, de Vila Santa Emília, interior de Venâncio Aires, dedica-se à produção orgânica de alimentos há cerca de 20 anos. Tudo começou ainda na década de 80 e hoje se tornou uma paixão familiar. Com a ajuda da esposa Lori, ele cultiva frutas e hortigranjeiros sem o uso de agrotóxicos. É ligado ao Centro de Apoio ao Pequeno Produtor (Capa) e à Cooperativa Regional de Agricultores Familiares Ecologista Ltda (Ecovale) e, juntamente com outros produtores rurais, ajuda a difundir os benefícios de uma alimentação mais natural.
Aos 52 anos, Weber falou sobre sua experiência bem-sucedida durante o Seminário Macreorregional sobre Alimentação Orgânica: promovendo a saúde de quem consome e de quem produz. Realizado pelo Centro Regional de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest/Vales), através do Grupo de Discussão Permanente sobre Agrotóxicos e em parceria com o Capa e Emater-RS/Ascar, o evento reuniu profissionais de várias áreas no Clube Aliança, em Santa Cruz do Sul. O dia foi de palestras e mobilização em torno do assunto, através de palestras, relatos e debates.
Para o agricultor venâncio-airense, a produção de alimentos orgânicos exige um pouco mais de trabalho e mão de obra - razões pelas quais muitas famílias produtoras ainda não aderiram ao sistema. No entanto, reforça que vale a pena. “Trabalhamos com alegria, pois sabemos que não corremos riscos com o manejo das plantações, estamos preservando a natureza e oferecendo produtos mais saudáveis, nutritivos e saborosos aos consumidores”, argumenta. O produtor ecológico Alcides Telmo Müller, feirante da Associação dos Feirantes Ecológicos de Candelária (Afecan), também demonstrou suas experiências.

SENSIBILIZAÇÃO
Segundo o engenheiro agrônomo Assilo Martins Corrêa Junior, chefe do escritório local da Emater-RS/Ascar, um grupo de trabalho formado pela entidade em parceria com o Capa e Ceres/Vales se reúne mensalmente para discutir a questão da alimentação orgânica. Foram desses encontros que surgiu a ideia de promover o seminário com o objetivo de difundir a temática. “Queremos mostrar que é possível produzir sem veneno”, destaca. O cultivo orgânico também é uma forma de diversificar e agregar valor de mercado aos produtos. No entanto, Correa acredita que ainda é preciso mais sensibilização para difundir os benefícios para agricultores e consumidores.
O seminário ainda contou com palestras sobre produção orgânica de alimentos, com a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Magnólia Aparecida da Silva; e sobre os benefícios da alimentação orgânica, ministrada pela nutricionista e extensionista da Emater/Ascar Regina Miranda. Tanto o lanche quanto almoço servidos aos presentes foram produzidos sem o uso de agrotóxicos. Para a coordenadora do Cerest/Vales, Micila Chielle, o momento é de reflexão para que se possa promover mudanças sociais em relação ao assunto, que em sua opinião deve ser tratado como uma questão de saúde pública.

Saiba mais
O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Conforme os especialistas, o uso de agrotóxicos e o consumo de alimentos produzidos nesse sistema trazem sérias consequências para a saúde humana e para o meio ambiente. Para difundir os prejuízos do uso de agrotóxicos no mundo, foi criada a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida. Por uma vida mais saudável, a alimentação orgânica é cada vez mais incentivada entre os consumidores, bem como a produção entre os agricultores. Estima-se que o cultivo orgânico no País cresça cerca de 30% ao ano, envolvendo grãos, hortaliças, doces, chás, laticínios, entre outros.
Michelle Treichel

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

TEUTÔNIA RENOVA PROJETO AGROECOLOGIA E SAÚDE COM O CAPA





O prefeito de Teutônia Renato Airton Altmann e o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Luiz Fernando Rückert, receberam, na manhã desta quinta-feira, dia 11 de agosto, uma comitiva do Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA) para a renovação do convênio que mantém o projeto Agroecologia e Saúde. Estiveram presentes o coordenador Sighard Hermany; os pastores Leonídeo Gaede, Erno Feiden e Huberto Kirchheim; e o engenheiro agrônomo Lauderson Holz.
“Este projeto é muito importante, porque leva, às nossas comunidades, conhecimentos e técnicas de aproveitamento de chás e outros produtos naturais para uma saúde preventiva”, destacou o prefeito Renato Altmann, enfatizando a parceria com o CAPA. A entidade promove atividades com 13 Grupos de Saúde Comunitária.
O programa Agroecologia e Saúde tem o propósito de promover a produção ecológica de alimentos e estimular a saúde comunitária. Todas as semanas, a equipe de profissionais do CAPA reúne-se com um dos nove Grupos do Lar do interior e da zona urbano, repassa orientações às Agentes Comunitárias de Saúde, capacita merendeiras das escolas e desenvolve oficinas com crianças, adolescentes e adultos usuários do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
Nesses encontros são trabalhadas: técnicas de produção de alimentos (horta e pomar) utilizando os princípios da agroecologia (sem uso de insumos químicos); palestras de orientação e esclarecimentos sobre temas específicos; utilização de ervas medicinais e essências (óleos, xaropes); aproveitamento de recursos naturais para a prevenção da saúde; produção de alimentos (pães, doces, sucos, geleias, etc) com produtos agroecológicos.
O secretário Luiz Fernando Rückert enfatiza que “percebemos uma evolução no número de participantes destes programas agroecológicos, o que reforça o acerto da parceria, pois muitas pessoas procuram alternativas saudáveis de se alimentar e se prevenir na saúde”.
O prefeito Renato Airton Altmann mostrou-se satisfeito com os resultados obtidos. “É uma questão cultural e a mudança é lenta. O enfoque da agroecologia é importante porque faz bem para o povo, e representa um trabalho voltado à saúde preventiva. E quanto mais saudável a população, menos investimentos em saúde curativa, que deve ser o último recurso. Estamos trabalhando com prevenção e os resultados demoram um pouco a aparecer, mas são muito mais confiáveis e duradouros”, estima.
O programa Agroecologia e Saúde foi instituído em Teutônia no mês de maio de 2009 e foi o primeiro Município do Vale do Taquari a aderir à proposta. Desde então são desenvolvidos trabalhos voltados a esta linha de produção de alimentos, englobando as secretarias de Saúde e Assistência Social, Agricultura e Meio Ambiente, e Educação.



FOTOS:
Assinatura de renovação do programa Agroecologia e Saúde com o CAPA

Crédito: Lucas Leandro Brune/Divulgação AI
Assessoria de Imprensa
Administração Municipal de Teutônia 2009 a 2012
admtt2009a2012@yahoo.com.br
www.teutonia.com.br
Lauderson Holz
Engº Agrônomo
(051)3762 2988

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

SEMINÁRIO MACRORREGIONAL SOBRE ALIMENTAÇÃO ORGÂNICA


      Considerando que o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos e os impactos à saúde humana e ao meio ambiente decorrentes da exposição a estas substâncias, o CEREST/Vales, através do Grupo de      
       Discussão Permanente sobre Agrotóxicos, está promovendo o "Seminário Macrorregional sobre    
       Alimentação Orgânica: Promovendo a saúde de quem consome e de quem produz".
       O Seminário acontecerá no dia 17 de agosto, no Clube Aliança, em Santa Cruz do Sul, com 400 vagas - o Cartaz em anexo tem a programação, endereço e outras informações sobre o evento.
       As inscrições são gratuitas e no local - às 8h.
       Público-alvo: profissionais de saúde, meio ambiente, agricultura, educação; trabalhadores rurais; sindicatos de trabalhadores rurais; EMATER; consumidores (população em geral).
      Para todos os 400 participantes serão oferecidos lanches e almoço sem agrotóxicos, sem custos.
      Certos de contarmos com sua participação, permanecemos à disposição para quaisquer esclarecimentos.


att,
Adriana Skamvetsakis
Médica do Trabalho

quarta-feira, 4 de maio de 2011

PLANTAS CONDIMENTARES, ELAS TEMPERAM E CURAM.

     Com a atual modernidade da indústria alimentícia, aliado a praticidade e a “falta de tempo” em preparar os alimentos, surgem os temperos/saches prontos. Produtos de composição altamente química e sem nenhum valor nutricional, fornecendo riscos à saúde. As pessoas perderam o hábito ou ainda podemos dizer o costume de usar temperos antes cultivados em suas pequenas hortas ou vasos.
De fácil cultivo, plantas que normalmente usamos só como tempero, são uma contribuição para a nossa saúde. Pequenas doses diárias fornecem vitaminas e sais minerais para aumentar o valor nutricional dos alimentos. Muitos temperos não têm utilidade só na cozinha, as plantas condimentares também têm propriedades capazes de amenizar problemas leves.

n           ALECRIM Rosmarinus officinalis: na culinária para temperar molhos de saladas, carnes, frangos, peixes, vinhos e vinagres condimentares. Na saúde melhora a circulação sanguínea, auxilia no processo digestivo e externamente combate a caspa.
n  CANELA Cinnamomum zeylanicum: na culinária em pau é utilizada para compotas e outros doces caseiros; em pó é polvilhado sobre arroz doce, mingau, biscoitos. Em pratos salgados é recomendada, em pau nas sopas de carne ou de frango; em pó, sobre presunto, bacon e carne assada. Na saúde estimulante, problemas estomacais leves (tipo queimação e azia), afrodisíacas e anti-sépticas.
n   CEBOLINHA Allium SP: na culinária as folhas picadas são usadas para temperar saladas, maioneses, sopas, omeletes e molhos em geral. Na saúde: é riquíssima em vitamina C, contribuindo para o aumento da imunidade, problemas estomacais leves ( tipo má digestão, e azia), problema cutâneo como acne.
n  ENDRO Anethum graveolens: na culinária: as sementes e as folhas frescas são utilizadas para temperar ovos, conservas, frangos, carnes, embutidos (lingüiças e salames) batatas e sanduíches. Na saúde: combate problemas digestivos incluindo indigestão, cólicas e flatulência (gases).
n  ERVA-DOCE Pimpinella: na culinária as sementes são usadas em panificação, pastelaria, balas, compotas, sanduíches, sopa e em pratos a base de peixe. As folhas são usadas em saladas e molhos de peixes e em sucos.  Na saúde tosse leve tipo alérgica, indigestão, gases, cólica. É muito utilizada também em cremes, cosméticos, sabonetes e xampu, devido sua ação relaxante e calmante.
n  FUNCHO Foeniculum vulgare: na  culinária  balas, em compotas, bolos,  bolachas e sucos(folhas). Pode ser usada em alguns molhos do tipo agridoce. Na saúde: cólica intestinal, externamente em gargarejos, nas irritações leves da garganta e gengivas.
n  HORTELÃ Mentha SP: na culinária  as folhas  frescas podem ser incluídas em bebidas geladas, saladas-de-frutas e para aromatizar licores.  Na saúde ação digestiva, em resfriados auxilia na recuperação e ajuda em casos de intestino preso (constipação).
n  LIMÃO Citrus SP: na culinária o suco é utilizado em limonadas e outras bebidas alcoólicas em molhos para saladas e em marmeladas. A casca também é empregada em doces e bolos. Na saúde tem ação digestiva, depurativo (limpa) do sangue, cicatrizante, anti-séptico, combate males da garganta e resfriados.
nMANJERICÃO Ocimum sp : na culinária em molhos, omeletes, galinhada, carreteiro, ensopados de carnes, peixes e frangos, Pão temperado, bolachas  salgadas sal temperado e saladas. Na saúde: contra gases intestinais, estimulante do organismo e ação digestiva.
n  MANJERONA E ORÉGANO origanum sp: na culinária temperar feijão, molhos, sopas, embutidos, bolachas salgada, pizzas, carnes e molhos em geral. Na saúde: cólicas intestinais, problemas estomacais leves e insônia.
n  MELISSA Melissa officinalis: na culinária as folhas frescas dão um sabor alimonado em saladas, sopas, molhos, vinagres de ervas, saladas de fruta, sucos  e em peixes. Na saúde: em casos de má digestão associada a tensão nervosa, ansiedade, dores de cabeça por tensão e insônia.
n  PIMENTA Capsicum spp: na culinária  as pimentas são preparadas em forma de picles, com vinagre, sal e às vezes um pouco de óleo. Utiliza-se o molho para apimentar molhos de peixes, frango e carne ensopada. Algumas pessoas usam para temperar carnes e embutidos. Na saúde auxilia na digestão, ativa a circulação sanguínea, reduz colesterol. Quem sofre de hemorróidas não deve consumir este tempero.
n  SALSA Petroselinum crispum: na culinária serve para temperar molhos, manteigas, saladas, sopas, omeletes, biscoitos e pães. Na saúde indigestão, cólica e dores articulares externamente.

Produção de mel diversifica rendimentos

Vale do Sol/RS 16/02/2011  

 - O prédio do Centro Administrativo de Vale do Sol tornou-se local de referência para a comunidade local e os produtores conhecerem a criação de abelhas sem ferrão para a produção de mel como uma alternativa de renda. O CAPA/Núcleo Santa Cruz, por meio do engenheiro agrônomo Luiz Rogério Boemeke, levou ao município a espécie Tetragonisca angustula, cujo o nome popular é jataí. Boemeke instalou duas caixas com o inseto na sacada da prefeitura para demonstração e divulgação.
Desde a sua colocação, já foi retirado 1,5 quilo de mel dos recipientes. "Se o clima continuar como está, fazendo calor, as jataís devem produzir ainda mais", afirmou o agrônomo. De acordo com ele, a atividade possibilita a diversificação e pode ser integrada a plantios florestais, de frutas e de culturas alimentares, além de contribuir com o aumento da produção agrícola.
Os enxames têm, em média, 5 mil indivíduos. O mel dessa espécie é um dos mais apreciados entre todas as abelhas sem ferrão.
 Texto: Clarice Pacheco
Foto: Arquivo CAPA

Manejo de árvores frutíferas

 Olá caros leitores.Estou mais uma ocupando este espaço para compartilhar informações e dicas importantes a respeito da agricultura.
Estamos no período do inverno, momento em que muitas atividades começam a ser planejadas ou executadas na produção agropecuária. É o preparo do solo para o plantio do milho e feijão e também a estação mais apropriada para realizar atividades nos pomares.
Devido a importância deste manejo a ser realizado nas árvores frutíferas nesta época que estamos é que passo a descrever sobre algumas praticas com o objetivo de melhorar a produção dos pomares.
A poda tem como objetivo remover galhos secos, galhos que estão sobrepostos ou no centro da planta e que tem apenas crescimento para o alto e não produz frutas. Os galhos a serem cortados são identificados pelas características de crescimento vertical e no centro da copa da planta. A permanência deles irá ocasionar um sombreamento excessivo dentro da copa da frutífera.
A incidência de raios solares no interior da copa das árvores frutíferas favorece a formação de frutas com qualidade em aspectos visuais e de sabor. O sombreamento excessivo favorece o desenvolvimento de doenças, musgos e liquens no tronco da planta.
De maneira geral este tipo de poda é feito nas árvores de frutas cítricas (laranjas e bergamotas.
Em outras espécies como o pessegueiro, ameixeira, e figueira além da poda para a eliminação dos ramos posicionados verticalmente ainda se faz a eliminação de galhos menores que estão posicionados verticalmente para cima. No caso da figueira e videira deve-se fazer uma poda curta, ou seja, aquele ramo que cresceu no último ano deve ser podado curto, deixando de uma a duas gemas (olho) onde sairá um novo broto e produzirá na próxima safra.
Associada a poda atividade a ser realizada nos meses de inverno é a adubação dos pomares. Esta adubação deve ser feita por meio da aplicação de esterco curtido ou fermentado, de preferência esterco bovino, distribuída num raio de dois a três metros ao redor da planta. Após a distribuição fazer uma leve incorporação do esterco no solo (misturar o esterco com o solo). Para plantas novas esta prática é ainda mais importante.
Ainda menciono que estamos na época mais apropriada para o plantio de mudas de frutíferas. Se você ainda não tem ou pensa em ampliar seu pomar então, mãos a obra e escolher um local protegido dos ventos frios e que tenha uma boa incidência solar, preparar as covas com uma boa adubação e adquirir mudas de boa qualidade.
Nestes meses frios do ano dediquemos algumas horas para trabalhar no pomar, fazendo uma poda, colocando adubo ou plantando mais árvores. E nem mencionei o plantio de adubos verdes no pomar. Enfim, este tema já foi abordado em outro momento.

O planejamento da propriedade em relação ao ambiente


Neste espaço, caro leitor, vou escrever sobre algumas observações e reflexões que tenho feito a respeito da organização de uma propriedade ou mesmo no planejamento de uma cidade em relação ao sol e direção dos ventos.
Pergunto: Em quantos lados da sua casa ocorre incidência direta dos raios solares ao longo do dia e nas diferentes estações do ano?
Faço esta pergunta e informo que na casa onde moro, durante o período do verão, o sol incide em todos os lados, mas no inverno o lado Sul permanece sombreado pela casa. Com isto quero chegar ao seguinte aspecto relacionado ao posicionamento das construções: se construirmos as casas ou galpões posicionando os quatro cantos sobre os Pontos Cardeais, ou seja, um canto para o Norte, um para o Sul, o outro para o Leste e o outro para Oeste e, com este procedimento vamos ter a incidência do sol durante todo ano em todos os lados das construções durante o dia.
Aqui no sul este aspecto é importante principalmente no inverno, pois com poucas horas de sol e áreas sombreadas há a formação de regiões com acúmulo excessivo de umidade. No meio rural este aspecto talvez não seja tão significativo assim, mas imaginem se as ruas das cidades fossem planejadas neste sentido, consequentemente as casas construídas de maneira normal e como o terreno, estando com os cantos orientados no sentido dos Pontos Cardeais, as residências seriam menos úmidas e com isto haveria menos problemas de saúde, lembrando que o excesso de umidade no ambiente é favorável ao desenvolvimento de doenças respiratórias. Alem disso o sol exerce uma função muito importante no controle de fungos e outros organismos que causam problemas tanto a saúde humana quanto nas plantas.
Ainda falando da importância do sol passo a mencionar alguns cuidados na hora de preparar uma lavoura ou fazer o plantio de um pomar. Você já deve ter ouvido falar que o melhor sol é o da manhã. No dia-a-dia não levamos em consideração esta informação. Colocamos o pomar no espaço mais próximo da casa ou onde a terra é de difícil manejo para outras culturas.
Desta forma o pomar deve ser instalado em local protegido dos ventos frios e em área onde pegue o sol da manhã. Com isto os problemas de doenças são reduzidos porque não se forma um ambiente favorável aos organismos causadores de moléstias. Também, para melhorar os rendimentos das culturas de inverno convêm priorizar as parcelas onde ocorre maior incidência solar naquela época do ano.
Outro aspecto importante a ser observado é a incidência de ventos. Ventos fortes causam grandes estragos, mas não nos damos conta da brisa diária que também interfere no ambiente. Esta brisa exerce grande influência sobre a disponibilidade de água para as plantas. O vento acelera o processo de evaporação de água (os melhores dias para secar roupa são os com vento). Em períodos de estiagem quanto menos água for evaporada maior será o tempo em que as plantas resistirão.
A redução do efeito dos ventos pode ser feita por meio da implantação de barreiras de quebra ventos com árvores. Estas barreiras além de proteger as lavouras da ação dos ventos pode ser uma fonte de alimentos (frutas), energia para a propriedade (lenha) e abrigo para animais silvestres.
Observar a natureza e seu comportamento é muito importante. A partir dela podemos obter informações para a prática de uma agricultura mais sustentável.
Lauderson Holz
Engenheiro Agrônomo do CAPA
Núcleo Santa Cruz do Sul, Extensão Vale do Taquari

Lua e agricultura

Caros leitores, mais uma vez estou aqui compartilhando com vocês temas relacionados à agricultura.
Nesta edição escrevo sobre algumas influências que a Lua exerce sobre a terra o como podemos aproveitar isto na agricultura.
Muitos já devem ter ouvido a expressões: “A lua não está favorável ao plantio”, “lua crescente plantar o que produz acima do chão e depois da cheia o que produz dentro da terra” ou então: “eu planto na terra e não na lua. O quê a lua tem haver com o dia de plantio?”.
A influência da lua sobre a vida na terra é comprovada e vivida por todo planeta. Talvez a espécie humana seja a que menos percebe e sente estas forças atuando. Afastamo-nos muito da natureza!  Temos a natureza, os recursos naturais como coisas a serem dominadas e exploradas e assim não percebemos estas sutis atuações das forças lunares.
Quando olhamos para o calendário anual, dividido em 12 meses e ao procurarmos a origem da palavra “mês”, verificamos que ela deriva (surge) do latim “mensis” que por sua vez deriva do grego e quer dizer Lua. Logo, a cada lua cheia se passa o período de um mês. Os sete dias da semana os intervalos entre uma fase e outra da lua (Cheia, Minguante, Nova, Crescente). Este período corresponde a 29,53059 dias. Hoje temos meses com 30 e 31 dias e o mês de fevereiro com 28 ou 29 em anos bissextos. Não seguimos exatamente os ciclos lunares para marcar o tempo. Foram feitos ajustes ao longo do tempo até chegarmos ao calendário que temos hoje.
A maior luminosidade no período de lua cheia proporciona um acréscimo no crescimento das plantas se comparado ao período de lua minguante e nova. Isto ocorre devido ao aumento da taxa de fotossíntese. Outro aspecto está relacionado à força da fase de lua cheia e a sua luminosidade sobre a germinação de sementes.
Fenômeno mais observado pelos agricultores é a maior ou menor circulação de seiva nas plantas. Do período que compreende do quarto crescente, passando pela cheia até o quarto minguante é quando há maior concentração e circulação de seiva na parte aérea das plantas. Do quarto minguante, passando pela lua nova até o quarto crescente é o período em que a seiva se concentra nas raízes.
No dia a dia, estas informações são uteis em duas situações: uma para corte de madeira para construções ou tabuas e outra no corte de madeira para uso como lenha.
No primeiro caso, quando do uso da madeira para construções ou tabuas, o objetivo é a maior resistência e a ausência de bichos (cupins, e outros insetos). Esta madeira é obtida quando a árvore é cortada no período em que tem pouca seiva na parte aérea, isto é, no período da lua minguante e se possível ainda nos meses sem erre (maio, junho, julho e agosto). A menor circulação de seiva reduz o teor de açucares e outros nutrientes (alimento dos insetos) na madeira e os espaços porosos da madeira são menores. Com isto há menos alimento para os “bichos” e maior resistência.
Quando o objetivo é a lenha se deseja maior espaço poroso e isto é obtido cortando a árvore no período de lua crescente até o inicio da minguante. Neste período há máxima circulação de seiva e ao secar esta seiva fica espaços porosos que são ocupados pelo ar, o combustível fundamental para boa queima da lenha e produção de calor.
Alem do corte de madeira tem a poda de árvores ou cana de açúcar de acordo com a fase da lua e tantas outras coisas mais, como o período mais favorável para colocar ovos numa choca para maior percentual de nascimento é o período de lua crescente.
Existe um calendário agrícola que indica os períodos mais favoráveis para semear ou manejar as diferentes culturas. Este calendário está disponível na sede do CAPA, em Santa Cruz.
Para quem quiser aprofundar um pouco mais seus conhecimentos sobre as influencias da lua na terra recomendo que leia o livro: La Luna: El sol nocturno em los trópicos y su influencia en la agricultura, de Jairo Restrepo Rivera.
Então a expressão: plantar de acordo com a fase da lua é verdadeira. O plantio é na terra, mas de olho na fase da lua!

Lauderson Holz
Engenheiro Agrônomo do CAPA
Extensão Vale do Taquari